Crisis en Gobierno del Brasil
Escándalo político: Sergio Moro renunció como Ministro de Jair Bolsonaro
El titular del Ministerio de Justicia y Seguridad Pública, Sergio Moro, dejó su cargo después de las mudanzas promovidas por el Presidente Bolsonaro al despedir al Director General de la Policía Federal (PF), Mauricio Valeixo. El descontento de Jair Bolsonaro con el Jefe Policial, se debe a la investigación que se comenzó a realizar sobre el acto del domingo 19 en Brasilia, en que manifestantes pidieron la intervención militar y el presidente apoyó dicha manifestación. También Bolsonaro había amenazado cambiar el comando de esa Fuerza Policial, para tener bajo su control los procesos que envuelven a su familia. Sergio Moro não é mais ministro do governo Bolsonaro Titular da Justiça deixa o cargo após mudanças promovidas pelo presidente na Polícia Federal
24/04/2020 - 10h35min Atualizada em 24/04/2020 - 11h22min Por Kelly Matos
O ex-juiz Sergio Moro, um dos mais populares nomes da equipe de Jair Bolsonaro, não faz mais parte do governo. O ministro da Justiça e Segurança Pública deixa o cargo após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, nesta sexta-feira (24).
Valeixo havia sido indicado por Moro para a posição, e foi demitido por Bolsonaro à revelia do ministro. Nesta manhã, Moro faz coletiva para confirmar a saída.
Houve tentativa de fazer Bolsonaro desistir da troca e de Moro aceitar permanecer, mas não ocorreu reversão no quadro que se desenhou a partir de quinta-feira (23). Em seu primeiro compromisso do dia, às 9h, Bolsonaro comunicou ao subordinado a intenção de trocar o comando da PF.
Indignado, o ministro comunicou então ao presidente que caso o delegado seja demitido ele também pretende deixar o governo. A notícia logo vazou, dando contornos de crise política à queda de braço.
Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo.
O ex-diretor-geral da PF é homem de confiança do ex-juiz da Lava-Jato. Valeixo conversou brevemente com GaúchaZH. Questionado se já esperava a demissão, Valeixo limitou-se a dizer que já se falava sobre isso no ministério. Ele também não adiantou quais são os próximos planos após deixar o cargo.
Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF porque quer ter controle sobre a atuação da polícia, especialmente em processos que envolvem sua família.
Moro topou largar a carreira de juiz federal, que lhe deu fama de herói pela condução da Operação Lava-Jato, para virar ministro. Ele disse ter aceitado o convite de Bolsonaro, entre outras coisas, por estar "cansado de tomar bola nas costas". Apresentado como um "superministro", teve a promessa de que teria total autonomia para formar sua equipe e priorizar o combate à corrupção.
Bolsonaro e a PF
O descontentamento de Bolsonaro com a direção da PF foi alimentada nos últimos dias, após a instauração de inquérito para investigar o ato de domingo (19), em Brasília, em que manifestantes pediram a intervenção militar, o retorno do AI-5 e o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente participou da manifestação.
Bolsonaro teria ficado irritado quando soube que Valeixo destinou a apuração do caso a mesma equipe de agentes e delegados que atua no inquérito aberto pelo STF para apurar fake news.
A demissão de Valeixo é a segunda em apenas oito dias. No dia 16, Luiz Henrique Mandetta foi exonerado do cargo de ministro da Saúde por defender a continuidade do distanciamento social como forma mais eficaz de controlar o avanço do coronavírus no país. Moro também defende a medida, o que desagrada Bolsonaro.
|